terça-feira, 9 de junho de 2009

Eu odeio carregar tripé!!!



Nossa, somos dois, colega, eu também odeio. Mas se você afirmou mesmo isso, quer dizer que já teve que carregar um, e se carregou, ou é um masoquista que carrega tripés sem necessidade, ou é alguém que sabe para quê esse trambolho serve de verdade, e nesse caso nem precisa ler esse post. Ou melhor, leia assim mesmo, "não se avexe não", rsrs.

Eu tenho um tripé e um monopé, e evito, quando posso, carregá-los, como qualquer pessoa sã. Mas adoro quando eles me permitem tirar fotos que, de outra forma, ficariam tremidas e inaproveitáveis. Vou mais longe e digo que ninguém mesmo gosta de carregar tripé. Se ele pudesse se transformar num chaveiro e só voltar a ser tripé na hora certa...

(Se você se perguntou o que é um monopé, bem, é um tripé com um pé só. Lógico que não é eficaz para evitar tremores como um tripé, mas é bem melhor que segurar a câmera apenas com as mãos).

"Tá bom", dirá você, mas vejo muitos profissionais não usando tripé. "Por que eu deveria"?
Questionamento justo, justíssimo. Mas você já deve ter visto profissionais (ou até amadores avançados) por aí usando tripé também, não? Então você percebeu de alguma forma que há dois tipos de momentos:

  1. O momento em que há que se usar tripé, e
  2. O momento em que o tripé não faz diferença nenhuma...

Então a pergunta certa a se fazer é:
"Em que momentos eu deveria usar um tripé?"

Bem, se você já tirou uma foto tremida (e todo mundo já tirou, até o JR Duran), olhe para ela e desconfie que o tripé poderia tê-la salvo. Bem, nem sempre. Mas vamos ser mais exatos, então. Qualquer tremor ocorre porque a velocidade do obturador (leia-se do clique) não foi rápida o suficiente, e uma das três coisas abaixo (ou uma combinação delas, até) aconteceu:

  1. A sua mão tremeu, ou
  2. O objeto fotografado se deslocou, ou
  3. Você está num meio de transporte (ex: um trem), fotografando alguma coisa lá fora, e mesmo sem ter tremido a mão ou o que você fotografa ter se deslocado... bom, foi exatamente como se o objeto tivesse se deslocado; na prática é a mesma coisa que o caso 2.

Pronto, é isso aí, acabou a extensa lista.

Vamos nos focar no problema 1, a sua bendita mão tremeu. Vamos assumir que o que você quer fotografar é imóvel, como uma árvore ou um prédio, ok? E que você não está se deslocando...
Algumas pessoas tem a mão bem mais firme que outras, e na fotografia existem pessoas com maiores ou menores graus de firmeza; há também formas mais corretas de apoiar a máquina para evitar tremores. Nem vou gastar muito tempo nesse assunto, porque qualquer livro básico de fotografia explica isso. Na dúvida, siga esse link. Em qualquer caso, o que você deve saber é que TODO mundo treme a maioria das vezes quando a velocidade é baixa demais, por vários motivos, inclusive a pulsação de nossas veias. E qual é essa velocidade mínima segura, então?

Ahá! Esse será o assunto do nosso próximo post, sobre por quê as fotos borram. E como não borrá-las mais.

Então concluimos por aqui, entendendo que o tripé funciona pois a máquina não irá tremer ao se clicar (pelo menos usando-se o timer, cabo disparador, controle remoto...). E em fotos com exposição muito longa (ex: uma foto de um lago à noite), sem tripé, tremer é o único resultado possível. É nessa hora que vamos sacudir o nosso chaveirinho e ele vai virar um tripé... opa, esqueci, isso ainda não existe :-(

Em tempo: essa foto aqui, por exemplo, fiz com a ajuda de um monopé. É bem mais leve que o tripé, e mais rápido de armar, bom para city-tours apressados como o que eu fiz. E mesmo usando uma velocidade bem baixa (1/8 de segundo), dá para ver nitidamente até os escritos na abóboda.

Abs e até!!!

2 comentários:

  1. Essa foto ficou excelente, e poder optar por ummonopé ou tripé é uma boa dica! Sei com um ou outro faz falta! Adoro tirar fotos em interiores (museus e igrejas) onde é terminantemente proibido o uso de flash! O tripé então é essencial!

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